quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Deputado denuncia abrigos de crianças; veja cidades

O deputado estadual Frei Anastácio (PT) denunciou hoje (6), no plenário da Assembléia Legislativa, que em alguns municípios da Paraíba, entidades que se identificam como acolhedoras de adolescentes estão utilizando castigo e aprisionamentos como forma de disciplina.
Segundo o deputado, em Pindobal, Distrito de Mamanguape, adolescentes relatam que são surrados com pedaços de madeira e trancados em celas – chamadas “cantinho de reflexão, como punição.

“Estes jovens chegam a ficar até dois dias nas celas. Podendo permanecer até mais tempo, caso não mudem de comportamento”, relatou o parlamentar, reproduzindo denúncias enviadas através de carta-denúncia do Fórum Estadual de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente.
“Apesar de tudo isso, segundo o Fórum, alguns municípios estão se articulando para fechar convênio com esta instituição de abrigo, o que é um absurdo”, disse o parlamentar.
Frei Anastácio destacou que “as denuncias são graves e atentam contra a dignidade de crianças, que já estão em situação de vulnerabilidade social, mas que, ao invés de receberem a proteção do Estado, são maltratadas por este tipo de estabelecimento que se diz protetor”, denuncia.
Crianças trabalhando em SapéO petista disse ainda que as denúncias apontam para a exploração de crianças no município de Sapé.
“O documento diz que, há dez meses, crianças de onze anos estão trabalhando em restaurantes da cidade. E o pior, é que todos têm conhecimento”, disse o parlamentar.
Cruz do Espírito Santo abusa na educação
Já em Cruz do Espírito Santo, de acordo com a Carta Denúncia, uma escola de Ensino Fundamental, convocou as mães e pediu que assinassem um termo de responsabilidade autorizando os filhos, de apenas oito anos, a estudarem no turno da noite.
“O resultado disse é que, as crianças, que têm o hábito de dormir cedo, estão cochilando durante as aulas. Outro absurdo”, disse o deputado.
O deputado acrescentou que o Conselho relata na carta que mães foram orientadas a não denunciarem o fato. Então, por medo de represálias e de que coloquem os filhos em ambientes sujos e inseguros, estas mães são obrigadas a ficar em silêncio.
Providências“Diante de todas as denúncias, na condição de Presidente da Frente Parlamentar da Criança e do Adolescente, deste Poder, já encaminhei estas denúncias aos órgãos e instituições competentes para que tomem as devidas providências. isso que está acontecendo na Paraíba é muito grave e deve ser apurado com urgência”, concluiu.

fonte: Portal da Correio

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