sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Presidente do TJ denuncia: 'crime organizado ameaça 5 juízes e presídios são uma bomba prestes a explodir'

O presidente do Tribunal de Justiça da Paraíba, Abrahan Lincon, disse que cinco juízes estão ameaçados na Paraíba e que "os presídios da Paraíba são uma bomba prestes a explodir".
As declarações foram feitas nesta sexta-feira (14) durante o encontro que conta com a participação de presidentes de Tribunais de Justiça de todo País e que acontece desde ontem em João Pessoa.

Abrahan Lincon disse ainda que em uma das ameças ficou constatado que partiu de um presídio da Capital.
Na opinião do presidente do TJ, os presos que lideram facções criminosas e o crime organizado precisam ser transferidos para presídios federais "para impedir que eles se comuniquem e elaboram planos de ação criminosa no Estado".
Policiais na mira
A Justiça está sob ataque do crime organizado na Paraíba e as ameaças não atingem só o Judiciário, pois delegados que atuam contra a pistolagem também vivem ameaçados de morte. Alguns já sofreram atentados e estão pedindo proteção policial.
A crise foi desencadeada após a operação 'Laços de Sangue', no dia 27 de setembro, que prendeu 15 pessoas supostamente envolvidas em crimes de extermínio, duas delas em João Pessoa, três em Catolé do Rocha e cinco em Patos, na Paraíba. As outras cinco prisões foram no Rio Grande do Norte.
Um dos presos da Operação 'Laços de Sangue', Marcelo Batista Torres de Mesquita, de 38 anos, morreu durante um incêndio que aconteceu no último dia 7, no presídio Regional de Patos.
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No dia 12, uma juíza de Patos se sentiu perseguida por dois homens em uma moto ao sair do fórum Miguel Sátyro e voltou ao prédio, onde pediu ajuda policial.
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Na noite do mesmo dia, o diretor do presídio Regional Romero Nóbrega, em Patos, Estênio Dantas, se livrou de um atentado, quando foram disparados onze tiros no carro dele. O atentado aconteceu nas proximidades do presídio.
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Além desses casos, os delegados que comandaram a operação 'Laços de Sangue' em Patos e em Catolé do Rocha também estariam recebendo ameaças.
O superintendente da Polícia Civil de Patos, Cristiano Jaques, disse que recebeu as informações sobre as ameaças e elas já estão sendo investigadas pela Polícia.
Ele não quis falar sobre os casos para não atrapalhar as investigações. "Nós estamos investigando", limitou-se a dizer.
Nos municípios de Pedras de Fogo e Juripiranga, na Zona da Mata do Estado, promotores e delegados já pediram proteção policial por atuar contra os crimes de extermínio naquela região.

fonte: Portal da Correio

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