O reitor da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), Thompson
Mariz, admitiu na segunda-feira (9) que o Hospital Universitário Alcides
Carneiro poderá fechar as portas em 2013, caso o problema da falta de
servidores não seja resolvido. A declaração foi feita durante uma
solenidade em que o reitor foi homenageado com o título de cidadão
campinense, na Câmara dos Vereadores. Em entrevista nesta terça-feira
(10), ele explicou que o déficit de 250 funcionários é o principal
entrave que o HU enfrenta. "O hospital poderia deixar de prestar
serviços de alta e média complexidade para se resumir ao atendimento
ambulatorial", explicou.
Segundo Thompson Mariz, a unidade tem 460 servidores, mas precisaria de
mais 250 para atender à população. Além dos funcionários que têm
previsão de se aposentar até o fim do ano e dos emprestados pelo
Ministério da Saúde que precisam ser devolvidos às suas repartições de
origem, os contratos de 140 servidores temporários admitidos por meio de
processo seletivo também estão com os dias contados. "O perigo que
passa o hospital é muito grande e eu não descarto a possibilidade de que
ele, no ano que vem, entre em colapso total de tal sorte que chegue a
fechar", disse.
As alternativas, segundo o reitor, seriam a realização de concurso
público para vagas efetivas, com boas remunerações e plano de carreira, e
a adesão ao programa do Ministério da Educação (MEC) que prevê a gestão
de todos os hospitais universitários do país por uma empresa privada,
sem perda de vínculo com as universidades.
“Eu não vejo outro caminho. Se continuar do jeito que está o hospital
vai fechar as portas. A proposta do MEC é que até julho a empresa que
vai administrar os hospitais em todo o Brasil se estruture e desenvolva
projetos pilotos. E até o fim do ano as universidades poderão aderir a
esse modelo. Só há essa alternativa”, comentou.
Reformas
Além do déficit de funcionários, o Hospital Universitário Alcides Carneiro também está sendo submetido a uma série de reformas que paralisaram atendimentos de urgência e emergência e a realização de cirurgias desde janeiro deste ano. A previsão é de que os setores só sejam reabertos no segundo semestre.
Além do déficit de funcionários, o Hospital Universitário Alcides Carneiro também está sendo submetido a uma série de reformas que paralisaram atendimentos de urgência e emergência e a realização de cirurgias desde janeiro deste ano. A previsão é de que os setores só sejam reabertos no segundo semestre.
fonte: G1 Paraíba
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