terça-feira, 10 de abril de 2012

MP encontra irregularidades em hospital no Brejo da Paraíba

irregularidades em hospitalAlvarás vencidos, médicos sem pagamento desde fevereiro, falta de profissionais e de equipamentos. Estas foram algumas das irregularidades constatadas pela Promotoria da Saúde de Guarabira no Hospital Regional. Segundo a promotora de Justiça, Ana Guarabira de Lima Cabral, a inspeção foi realizada para verificar as instalações e efetivo funcionamento da unidade de saúde.

A promotora informou que, em relação à UTI adulto, constatou-se que os médicos unidade não recebem salário desde fevereiro de 2012, fato que é atribuído à ausência de repasse pela Secretária de Saúde do Estado dos valores devidos à Cooperativa de Médicos Intensivistas do Estado da Paraíba (Comit), bem como, embora legalmente prevista, não é paga a gratificação de coordenação da UTI. A promotora encaminhou ofício à Secretaria de Estado da Saúde para que adote providências para regularizar o pagamento dos médicos que trabalham na UTI, prazo de 15 dias.
Os alvarás da Agência Estadual de Vigilância Sanitária e da Prefeitura de Guarabira encontravam-se vencidos. “Foi-nos relatado, ainda, que a UTI necessita de pelo menos 14 fisioterapeutas por causa do revezamento das equipes e plantões. A UTI possui seis leitos, mas apenas cinco funcionam”, disse Ana Guarabira.
irregularidades em hospital
Monitores de UTI quebrados
Outras irregularidades encontradas na UTI foram a falta de manutenção nos monitores, bancada de preparo de medicamentos sem a higienização adequada e com paredes mofadas. Além disso, o sistema de refrigeração da UTI é inadequado, havendo possibilidade de contaminação do ambiente, em decorrência de frestas, não há máquina portátil para a realização de hemodiálise, nem eletrocardiógrafo, equipamento que é obrigatório. A sala de repouso dos profissionais que atuam na UTI não possui banheiro.
Ana Guarabira de Lima informou ainda que, na parte laboratorial, foi verificada a urgente necessidade de microscópico e centrífuga. “Constatou-se, também, que o aparelho videolaparoscópico encontra-se parado por falta de manutenção, bem como que há vários monitores de UTI armazenados no almoxarifado, parados, necessitando de conserto”, relatou.
A promotora também requisitou relatórios da Agevisa, o Conselho Regional de Arquitetura sobre a acessibilidade no hospital, o Corpo de Bombeiros, bem como o Conselho Regional de Medicina.

Atendimentos
De acordo com a promotora, são realizados cerca de 200 partos mensais no hospital, precisamente no mês de março houve 128 partos normais e 66 ) cesáreas. O Hospital Regional realiza também os serviços de lavanderia, esterilização de instrumental e parte laboratorial da Unidade de Pronto-Atendimento (UPA). O lixo hospitalar é recolhido duas vezes por semana pela empresa Serquip. A unidade de Hemodiálise do Hospital é gerida pela Nefrusa.


fonte: Paraíba.com.br

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