Alvarás vencidos, médicos sem pagamento desde fevereiro, falta de
profissionais e de equipamentos. Estas foram algumas das irregularidades
constatadas pela Promotoria da Saúde de Guarabira no Hospital Regional.
Segundo a promotora de Justiça, Ana Guarabira de Lima Cabral, a
inspeção foi realizada para verificar as instalações e efetivo
funcionamento da unidade de saúde.
A
promotora informou que, em relação à UTI adulto, constatou-se que os
médicos unidade não recebem salário desde fevereiro de 2012, fato que é
atribuído à ausência de repasse pela Secretária de Saúde do Estado dos
valores devidos à Cooperativa de Médicos Intensivistas do Estado da
Paraíba (Comit), bem como, embora legalmente prevista, não é paga a
gratificação de coordenação da UTI. A promotora encaminhou ofício à
Secretaria de Estado da Saúde para que adote providências para
regularizar o pagamento dos médicos que trabalham na UTI, prazo de 15
dias.
Os alvarás da Agência Estadual de Vigilância Sanitária e da
Prefeitura de Guarabira encontravam-se vencidos. “Foi-nos relatado,
ainda, que a UTI necessita de pelo menos 14 fisioterapeutas por causa do
revezamento das equipes e plantões. A UTI possui seis leitos, mas
apenas cinco funcionam”, disse Ana Guarabira.
Monitores de UTI quebrados
Outras
irregularidades encontradas na UTI foram a falta de manutenção nos
monitores, bancada de preparo de medicamentos sem a higienização
adequada e com paredes mofadas. Além disso, o sistema de refrigeração da
UTI é inadequado, havendo possibilidade de contaminação do ambiente, em
decorrência de frestas, não há máquina portátil para a realização de
hemodiálise, nem eletrocardiógrafo, equipamento que é obrigatório. A
sala de repouso dos profissionais que atuam na UTI não possui banheiro.
Ana
Guarabira de Lima informou ainda que, na parte laboratorial, foi
verificada a urgente necessidade de microscópico e centrífuga.
“Constatou-se, também, que o aparelho videolaparoscópico encontra-se
parado por falta de manutenção, bem como que há vários monitores de UTI
armazenados no almoxarifado, parados, necessitando de conserto”,
relatou.
A promotora também requisitou relatórios da Agevisa, o
Conselho Regional de Arquitetura sobre a acessibilidade no hospital, o
Corpo de Bombeiros, bem como o Conselho Regional de Medicina.
Atendimentos
Atendimentos
De
acordo com a promotora, são realizados cerca de 200 partos mensais no
hospital, precisamente no mês de março houve 128 partos normais e 66 )
cesáreas. O Hospital Regional realiza também os serviços de lavanderia,
esterilização de instrumental e parte laboratorial da Unidade de
Pronto-Atendimento (UPA). O lixo hospitalar é recolhido duas vezes por
semana pela empresa Serquip. A unidade de Hemodiálise do Hospital é
gerida pela Nefrusa.
fonte: Paraíba.com.br
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