A Polícia Federal em Pernambuco, com o apoio da ANVISA, deflagrou
hoje a “Operação Narke”. As investigações, iniciadas há nove meses,
objetivam apurar denúncias de comercialização de toxina botulínica
clandestina (botox) sem autorização dos órgãos de saúde.
Ao todo,
estão sendo cumpridos 23 mandados judiciais contra distribuidores nas
cidades de Recife/PE, João Pessoa/PB, Belo Horizonte/MG e São Paulo/SP,
além de médicos e clínicas em Recife/PE, Caruaru/PE, João Pessoa/PB,
Patos/PB, Natal/RN, Terezina/PI, Aracaju/SE, Maceio/AL, São Paulo/SP e
Belo Horizonte/MG.
Espera-se, também, que a ação culmine em diversos flagrantes ao longo da manhã. Em seguida, serão realizadas dezenas de oitivas.
A
toxina botulínica, além da alardeada aplicação estética, também é
utilizada largamente de forma terapêutica, inclusive para tratamento de
disfunções neurológicas e motoras.
Os produtos, uma vez
introduzidos ilegalmente no país, são vendidos para médicos de diversas
cidades, em vários Estados do Nordeste – Piauí, Rio Grande do Norte,
Alagoas e Sergipe.
No mercado ilícito, a toxina é vendida por
preços que variam entre R$ 350,00 a 400,00 a unidade, ao passo que o
exemplar autorizado pode chegar a R$1.000,00 a unidade.
As
investigações indicaram que há pelo menos cinco anos as toxinas estão em
circulação no mercado e que os ganhos aferidos pela quadrilha podem ser
vultosos, a contar que, em um único dia, chegou a ser comercializado R$
5.000,00 de produtos ilegais.
Os envolvidos responderão por
crimes contra a saúde pública (que é um crime hediondo), contrabando e
formação de quadrilha. Com penas máximas de 15, 3 e 4 anos reclusão,
respectivamente.
Os crimes contra a saúde pública que consistem
em falsificar, corromper, adulterar ou alterar produto destinado a fins
terapêuticos ou medicinais, está previsto na lei de crimes hediondos,
sendo que sua pena mínima equivale ao dobro da pena prevista para o
tráfico de drogas.
fonte: Portal da Correio
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