segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Hospital prende macas do Samu e prejudica população de João Pessoa

Macas do Samu-Trauma (Foto: Walter Paparazzo/G1) Algumas ambulâncias do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) de João Pessoa ficaram presas no Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, localizado na capital, na tarde deste domingo (3). De acordo com um médico do serviço, que preferiu não se identificar, as viaturas de socorro ficaram lá porque a administração da unidade hospitalar reteve as macas e com isso elas não tinham como atender ninguém.

 Ainda segundo o médico, o Trauma fez a retenção das macas como forma de aumentar a o número de leitos disponíveis. Ele disse que isso seria reflexo da ordem da Justiça que mandou a Secretaria de Estado de Saúde resolver o problema de superlotação no local, sob pena de aplicar uma multa ao secretário Waldson de Souza. Através de nota a assessoria de imprensa do hospital negou que a direção tenha ficado com as camas do Samu.
O médico do Samu informou que o problema no Trauma prejudicou o atendimento das pessoas que ligaram para o serviço. Segundo ele, um rapaz que foi vítima de afogamento em Santa Rita, Grande João Pessoa, teve seu socorro retardado em função da situação que durou pouco mais de uma hora.
Na última quinta-feira (1°) o promotor de Defesa da Saúde de João Pessoa, João Geraldo Carneiro, entrou com uma ação na Justiça, pedindo que o secretário de Saúde fosse multado por crime de desobediência. Ele alegou que no mês de maio uma outra decisão judicial mandou o governo transferir os pacientes em excesso do Trauma, mas que durante uma inspeção realizada no último dia 25 de agosto, verificou que a situação de superlotação continuava.
No mesmo dia a juíza da 2ª Vara da Fazenda Pública de João Pessoa , Silvana Pires Brasil Lisboa,
acolheu a ação e mandou o secretário providenciar a transferência de pacientes sob pena de uma multa diária de R$ 2 mil.

fonte: G1 Paraíba

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