Os sinais eram mais do que evidentes. O sorriso estava sempre escondido por detrás de um rosto marcado por nódoas negras e a tristeza transparecia no olhar. Andreia pediu ajuda à família, mandou mensagens de desespero e chegou a expressar o seu sofrimento na rede social da internet Facebook.
Ninguém ouviu os seus apelos e, sexta-feira (09), a mulher, de 30 anos, foi baleada pelo marido e viu a filha, Nádia, de 8 anos, ser morta na casa onde viviam em Nine, Famalicão, em Portugal. Hélio, o homem que durante anos a atormentou, suicidou--se. A mulher está em coma no hospital.
"Cada minuto que passa, pode ser tudo o que me resta para viver, mas eu desperdiço o tempo como se fosse infinito", escreveu Andreia no Facebook.
A tentativas de Andreia para que alguém percebesse o que estava passandor foram muitas. Confessou à mãe que o marido ameaçou que se ela o deixasse a matava e mandou mensagens à tia dizendo que tinha atingido o limite. Os vizinhos também ouviram várias vezes os seus gritos de dor, enquanto era espancada pelo marido, mas nunca fizeram nada. Alegaram sempre não querer interferir na vida do casal.
Andreia acabou por encontrar no Facebook a única forma de expressar tudo o que lhe ia na alma. Todas as mensagens escritas eram sobre violência doméstica. "Uma mulher tem forças espantosas, sorri quando lhe apetece gritar, canta quando lhe apetece chorar", escreveu.
fonte: Paraíba.com.br
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