terça-feira, 16 de agosto de 2011

Preso com 'lista negra' com nome da juíza Patricia Acioli terá voz periciada

Preso em janeiro deste ano em Guarapari (ES), Wanderson Silva Tavares, o "Gordinho", é aguardado nesta terça-feira à tarde na 4ª Vara Criminal de São Gonçalo. A juíza Patrícia Acioli estaria em uma 'lista negra' com 12 nomes possivelmente marcados para a morte encontrada com ele durante sua prisão. Peritos do Ministério Público pretendem realizar uma perícia de voz com Wanderson, que poderia comprovar se a voz registrada em escutas telefônicas é mesmo dele.
O juiz Fabio Uchoa Pinto de Miranda Montenegro chegou na tarde desta terça-feira à 4ª Vara Criminal de São Gonçalo. Ele irá comandar a força-tarefa vai ocupar a vaga deixada por Patrícia Acioli e antecipou que os processos cancelados devido ao não funcionamento da vara nos últimos dias serão remarcados. Aqueles agendados para esta terça-feira serão executados nos próximos dias.

O magistrado será auxiliado por Alexandre Oliveira Camacho de França e Claudia Marcia Vidavai. A meta é agilizar processos de crimes de milícias, grupos de extermínio e máfias das vans e dos combustíveis. A pedido do Supremo Tribunal Federal (STF), a Polícia Federal vai investigar a morte de Patrícia.

O presidente do Tribunal de Justiça (TJ), desembargador Manoel Alberto Rebêlo, garantiu que todos os magistrados da força-tarefa terão proteção. “Três juízes diluem a responsabilidade e darão resposta rápida à sociedade”, afirmou Rebêlo.

O reforço na segurança inclui o aluguel de cinco carros blindados, além dos seis existentes, e pedido de redução de impostos para a compra de mais veículos com blindagem. Por questões de segurança, eles poderão pedir a transferência dos julgamentos para os fóruns do Rio e Niterói.


"Estado tem que reagir"

Foto: Paulo Araújo / Agência O Dia
Deputado Marcelo Freixo presidiu a CPI das Milícias | Foto: Paulo Araújo / Agência O Dia
Uma informação recebida pelo Disque-Denúncia sobre o caso do assassinato da juíza Patrícia Acioli tem novos personagens ameaçados de morte. O deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL) e um juiz 4ª Vara Federal de Niterói foram citados em um plano para eliminar autoridades envolvidas no combate à milicias no estado do Rio.
"O Estado tem que reagir. Eu sempre ouvi que os criminosos que ameaçam nunca fariam nada contra um promotor ou um juiz. E eles fizeram. É preciso analisar a dimensão do que aconteceu, tudo isto é muito absurdo. Se a resposta não for rápida, o crime organizado vai atingir uma etapa que não havia atingido, atacando representantes do poder público", analisou Freixo.
Consta na denúncia, que três detentos do presídio Ary Franco, em Água Santa, Zona Norte, seriam os mandantes da execução de Patrícia. Estes presos seriam ligados à exploração de máquinas de caça-níqueis na Região Metropolitana e teriam tramado o plano para acabar com a vida da magistrada. De acordo com o deputado, todo o planejamento teria sido feito através do computadores, já que os presidiários teriam acesso à Internet na cadeia.
O teor da informação foi encaminhado aos setores de inteligência da Secretaria de Segurança, da Assembleia Legislativa (Alerj), do Tribunal de Justiça, do Tribunal Regional Federal, da PM e da Polícia Civil.
O Disque-Denúncia já recebeu 96 ligações com informações sobre a morte da juíza Patrícia Acioli, assassinada na última quinta-feira na Região Oceânica de Niterói. De acordo com o serviço, todas as informações recebidas estão sendo encaminhadas para a Delegacia de Homicídios, responsável pelo caso. Quem tiver alguma informação a respeito dos autores do assassinato, pode ligar para o telefone (21) 2253-1177. O anonimato é garantido.

fonte: Paraíba.com.br

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