Nos sete primeiros meses de 2011, 968 homicídios foram registrados na Paraíba, o que corresponde a quase cinco crimes por dia. O número é 16,52% maior do que o de 2010, quando foram registrados 808 homicídios, até julho.
Em contrapartida, houve redução de 16,32% nos índices de julho deste ano, em comparação com o mês anterior. Foram 123 assassinatos registrados em julho, contra 147, no mês de junho. Na Região Metropolitana de João Pessoa, a queda foi de 26,9%, tendo sido registrados 38 homicídios em julho, e 52, em junho. Em Campina Grande, até esta semana, 116 homicídios foram registrados.
Em Patos, o número de homicídios é de 38 ano. 36 assassinatos foram registrados em 7 meses do ano, sendo o mês de junho o mais violento do ano com 9 assassinatos.
Os dados são da Secretaria da Segurança e da Defesa Social (Seds) e da Delegacia de Homicídios de Campina Grande. O secretário de Estado da Defesa Social, Cláudio Lima, disse que meta é subir para 80%, o número de inquéritos de homicídios até 2012, hoje, o índice não chega a 40%. Em setembro, a Polícia Militar contará com o reforço de pelo menos 350 policiais no efetivo.
A meta foi discutida durante a apresentação do Plano Operacional de Segurança Pública da Paraíba 2011-2012, realizada ontem, às 11h30, no Garden Hotel, em Campina Grande, com a presença de representantes das polícias Civil e Militar e do Corpo de Bombeiros. "O objetivo principal é reunir todos os gestores de polícia, milita, civil, corpo de bombeiros, polícia científica, para apresentar, um plano, em que algumas ações já foram desenvolvidas, mas nós fechamos agora para 2012, para apresentar um planejamento, operacional, não é estratégico, para integrar as ações", disse o secretário Cláudio Lima.
Lima explicou que o foco das ações são os crimes letais contra pessoas, seguidos dos assaltos a bancos e dos crimes contra o patrimônio. "O plano busca reduzir os índices de criminalidade. Uma das ações é a informatização da polícia. Com relação aos homicídios, as polícias Civil e Militar tem um planejamento próprio, que engloba repressão qualificada e ações preventivas. Mas é importante qualificar com maior integração", falou.
Grupos de extermínio são investigados
Os grupos de extermínio que atuam na Paraíba continuam sendo investigados, de acordo com o coronel Euler Chaves, comandante geral da Polícia Militar. "Este ano, já excluímos quatro policiais por desvio de conduta. Sabemos que alguns policiais ligados aos grupos foram condenados e estão com soltura determinada pela justiça, mas a polícia militar não vai admitir, nós vamos extirpar dos nosso quadros, aqueles que sejam devidamente julgados", disse.
O secretário Cláudio Lima enfatizou que as investigações correm em segredo de justiça. "Este ano, foram presas algumas pessoas, alguns inquéritos ainda estão em andamento. Não é fácil lidar com este assunto porque envolve alguns aspectos políticos. Eles continuam em andamento, mas não têm sido divulgados em razão da natureza legal. Os grupos de extermínio que estão sendo investigados, geralmente tem participação de agentes estatais, não necessariamente policiais, mas geralmente policial também. Este ano foram presos 4 servidores, três policiais de Mandacaru", afirmou.
fonte: Paraíba.com.br
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