A Paraíba possui o quinto menor índice de aprovação no ensino
fundamental do Brasil, segundo Censo Escolar 2011, divulgado pelo
Ministério da Educação. No ano passado, o Estado conseguiu aprovar 81,5%
dos alunos matriculados entre os 1º e 9º anos das redes pública e
privada.
O desempenho deixou o Estado na 23ª colocação do ranking nacional e
só ficou acima dos apresentados pelo Rio Grande do Norte (79,7%), Bahia
(79,4%), Alagoas (77,2%) e Sergipe (76%).
Apesar disso, especialistas consideraram que o resultado da Paraíba
foi positivo, mas poderia ser maior se as políticas públicas fossem
melhor aplicadas.
Segundo o Censo, as cinco maiores taxas de aprovação do ensino
fundamental do país se concentraram nas regiões Centro-Oeste, Sul e
Sudeste e as piores, apenas no Nordeste.
Em 2011, Mato Grosso ocupou o primeiro lugar no ranking nacional. A
taxa do Estado foi de 95,3% e foi seguida pela Santa Catarina (94,7%),
São Paulo (94,2%), Minas Gerais (90,7%) e Goiás (89,7%). Enquanto isso,
os cinco menores desempenhos foram da Paraíba (81,5), Rio Grande do
Norte (79,7%), Bahia (79,40%) Alagoas (77,2%) e Sergipe (76%).
A professora doutora em Educação da Universidade Federal da Paraíba,
Maria do Socorro Nascimento, considerou a taxa de aprovação de 81,5%
como uma cifra positiva da Paraíba. Ela explicou que o Estado possui
dificuldades políticas e sociais que afetam diretamente a qualidade do
ensino.
“São peculiaridades sóciopolíticas e culturais, nas quais as
políticas públicas que visem a melhoria da educação (em todos os níveis)
são, quando existentes, insuficientes e ineficazes para responder às
demandas da população”, argumenta.
Para a docente, o desempenho do Nordeste não se deve à falta de
políticas públicas, mas sim ao mau uso delas. “Vivemos numa sociedade na
qual a exclusão social é princípio fundamental, uma vez que as
oportunidades não são iguais para todos. Seria interessante, se as
antigas esquerdas, hoje de alguma forma ocupando postos 'no poder',
investissem em projetos educativos que atacassem a corrupção e a velha
ideia do 'se dar bem agora e não se importar com o depois', não apenas
no âmbito da educação, mas também em outros setores”, observou
fonte: Jornal da Paraíba online
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