Um ex-diretor do Presídio de Catolé do Rocha, no Sertão paraibano, foi
detido nesta terça-feira (15). Ele é suspeito de ter participado do
assassinato de um presidiário em outubro do ano passado. O ex-diretor
foi ouvido na Delegacia Regional de Patos e em seguida será encaminhado
para Penitenciária Romeu Gonçalves de Abrantes, popularmente conhecido
como PB1, em João Pessoa.
De acordo com o delegado Hugo Lucena, da Homicídios de Patos, o
ex-diretor é suspeito de ter participado de uma sessão de tortura contra
um presidiário detido durante a Operação Laços de Sangue. O ex-diretor
também é suspeito de modificar a cena do crime, incendiando a enfermaria
do local para simular um suicídio.
O detento ficou menos de 12 horas no Presídio Regional de Patos, onde
foi encontrado com o corpo completamente carbonizado. O incêndio
dificultou as investigações e o laudo só saiu cinco meses após o crime. O
delegado afirmou que o caso está diretamente relacionado há guerra
entre as famílias da região de Catolé do Rocha.
No total, 22 pessoas foram presas em 2011 suspeitas de homicídios
motivados por uma rixa entre famílias no Sertão do estado. O esquema de
'pistolagem' foi desarticulado durante a ação da polícia. Segundo
denúncia do Ministério Público, os suspeitos são responsabilizados pelos
crimes de homicídio, formação de quadrilha e em alguns casos porte
ilegal de arma. Segundo a polícia, a guerra entre as famílias já teria
causado 100 mortes nos últimos 30 anos. Cerca de quinze dos assassinatos
foram praticados em 2011.
A Operação Laços de Sangue contou com a participação da Polícia Civil
de Catolé do Rocha, além dos Grupos Táticos de João Pessoa, Patos e
Catolé, por ordem da Secretaria da Segurança e da Defesa Social da
Paraíba.
fonte: G1 Paraíba
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