O Ministério Público Federal na Paraíba (MPF) ajuizou uma ação civil pública pedindo à Justiça Federal a concessão de uma liminar pela reativação das cirurgias cardíacas no Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW) dentro de 20 dias. A ação foi impetrada contra a União, o estado da Paraíba, o município de João Pessoa e Universidade Federal da Paraíba (UFPB). No dia 31 de outubro, a assessoria de imprensa do hospital divulgou que a unidade iria passar 70 dias sem realizar cirurgias eletivas devido a uma reforma para resolver problemas estruturais.
Em outubro, os médicos também se recusaram a atender devido ao sucateamento de equipamentos de trabalho. Segundo eles, estão em falta materiais como bisturi, fio, dreno, aspirador, entre outros. Durante a reforma, estão mantidos apenas os procedimentos de urgência e os partos de alto risco. Com a paralisação, o hospital deixa de realizar uma média de 12 cirurgias diárias, cerca de 250 por mês.
O MPF considerou a situação 'grave e urgente', por isso pediu à Justiça Federal que determine imediatamente ao estado e município que disponibilizem uma equipe multiprofissional para realizar cirurgias cardíacas e procedimentos de hemodinâmica no HU. O órgão tambem quer o fornecimento dos insumos necessários para reativar e possibilitar o funcionamento da unidade coronariana do hospital e os leitos de UTI.
Na ação entregue pelo MPF à Justiça, o órgão denuncia que hoje estão desativados metade dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e salas para cirurgias de alta complexidade do HU. A UTI cardiológica, que foi inaugurada em 2009, acabou sendo fechada no final de 2010 devido à suspensão do pagamento da equipe multiprofissional disponibilizada pela Secretaria de Saúde da Paraíba para a realização das cirurgias cardiovasculares. "Os equipamentos estão abandonados, correndo o risco de deterioração e prejuízo de milhões de reais investidos em sua aquisição", diz a assessoria de imprensa do MPF.
A assessoria de imprensa do HU informou ao G1 que o diretor da unidade, João Batista da Silva, estava dando aula na UFPB e não tinha como se pronuciar sobre a ação do MPF na tarde desta terça. Já a assessoria de imprensa da Secretaria de Saúde de João Pessoa informou que ainda não havia sido notificada sobre a ação. A assessoria de imprensa da Secretaria de Saúde do Estado estava em uma reunião e não prestou esclarecimentos.
fonte: G1 Paraíba
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