Um balanço divulgado na tarde de quarta-feira (27) pela Delegacia de Homicídios de João Pessoa mostra que 319 pessoas foram assassinadas na Capital nos seis primeiros meses do ano. Feita uma avaliação mais aprofundada o resultado é ainda mais preocupante: uma pessoa é executada a cada 13 horas. Em todo o Estado foram 845 homicídios.
Entre os bairros mais violentos, o Valentina de Figueiredo se destaca com 28 assassinatos seguido por Mandacaru, com 27 execuções, Mangabeira, com 26, São José, com 23 e Cristo, onde foram registrados 18 homicídios
Ainda de acordo com o balanço divulgado pela Delegacia de Homicídios, os meses mais violentos foram março e abril. Em cada um, foram cometidos 60 homicídios, ou seja, uma média de dois por dia.
O delegado de Homicídios Marcos Paulo explicou que esse tipo de crime acontece, geralmente, no fim de semana – sexta, sábado e domingo –, mas se estendendo até a segunda-feira. Com relação ao horário, a incidência de homicídios se concentra no período da noite, indo até a madrugada do dia seguinte.
“O policiamento já foi dobrado, mas ainda estamos em uma fase de diagnosticar cada área sensível dessa para reforçar o policiamento”, afirmou o delegado, acrescentando que uma das metas da polícia é fazer com essa estatística diminua já neste segundo semestre do ano.
Realidade no Estado - Nos seis primeiros meses desse ano a Paraíba já registrou 845 homicídios. Quase cinco paraibanos são assassinados a cada dia no Estado. O número é 21,75% maior do que o registrado no mesmo período de 2010, quando foram contabilizados 694 homicídios, 151 a menos do que este ano, segundo dados da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Seds).
De acordo com a avaliação da Seds, os números desse tipo de crime refletem uma curva de crescimento evidenciada nos últimos 11 anos e o aumento desses índices está diretamente relacionado ao avanço do tráfico de drogas.
De acordo com a assessoria de comunicação da Seds, a redução no número de homicídios na Paraíba é uma das prioridades do órgão. Dentro dessa perspectiva, o efetivo policial que atua no trabalho de repressão qualificada foi ampliado e a Delegacia Especializada de Crimes contra a Pessoa (Homicídios) da Capital, que antes contava com apenas duas equipes, mais que triplicou o número de policiais.
Agora, são sete equipes de investigação com sete delegados, oito escrivães e 21 agentes de investigação trabalhando em regime de plantão.
Em Patos, a maior cidade do Sertão, já foi registrado só este ano 35 assassinatos em 6 meses contra 60 em doze meses do ano passado. A escalada da violência é assustadora. No mesmo período do ano passado, foram 23 homicídios.
fonte: paraíba.com.br
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