Em operação pente-fino feita nesta terça-feira (29) na Penitenciária Flósculo Nóbrega, o presídio do Roger, em João Pessoa, foram apreendidas 216 armas brancas e um videogame. A Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) apresentou as apreensões nesta quarta-feira (30), em entrevista coletiva, e informou que a operação aconteceu após a rebelião ocorrida na unidade prisional na última segunda-feira (28).
Wallber Virgolino, secretário da Seap, comentou o resultado da operação mostrando tudo que foi apreendido e chamando atenção para o perigo que os detentos conviviam diariamente, além dos agentes penitenciários, que lidavam com tantos detentos armados. “Estamos investigando agora como tudo isso foi parar dentro do presídio”.
A Seap confirmou que 10 detentos foram identificados como causadores do tumulto, e cinco já foram transferidos para o Complexo Penitenciário de Segurança Máxima Romeu Gonçalves Abrantes, tambem conhecido como PB 1 e PB 2, em Jacarapé. Quando perguntado como esses objetos chegavam em posse dos presos, Virgulino afirmou que a existe corrupção, mas que a Secretaria trabalha com investigações para punir qualquer facilitação por parte dos agentes.
“Vamos continuar com a valorização do agente penitenciário, mostrando para a categoria que eles são especiais para a realização do nosso trabalho. Não podemos admitir que essa grande apreensão continue acontecendo, e o agente é o ponto inicial do trabalho que será feito”, argumentou o secretário.
O relatório final da Secretaria, mostra que ao todo foram apreendidas 71 facas peixeiras, 145 espetos artesanais, 78 celulares, 100 carregadores de celular, 48 chips de celular, 58 DVDs, um rádio portátil, 40 trouxinhas de rupinol e maconha, e um videogame Playstation.
Todo o material apreendido será levado para a Secretaria de Segurança Pública da Paraíba. “Uma sindicância administrativa foi aberta para investigar a entrada de tudo que foi apreendido dentro da penitenciária, e que um inquérito policial também será feito para investigar a morte de um dos detentos durante a rebelião”, explicou Wallber.
Operação pente-fino
Wallber informou que 150 homens participaram da operação, entrando em todas as celas de três pavilhões do Presídio do Roger, e revistando todos os presos. “Contamos com 50 agentes penitenciários e outros 100 policiais militares nos ajudando”.
Em 2012
O tenente-coronel Arnado Sobrinho disse na coletiva que no ano de 2012, 800 celulares foram apreendidos em todas as operações de busca dentro de presídios, além de 400 facas e espetos artesanais.
Rebelião no Roger
A rebelião no Presídio do Roger começou por volta das 10h da segunda-feira (28), quando detentos dos pavilhões 5 e 6 tentaram atear fogo em colchões do pavilhão 4. A confusão foi contida ainda pela manhã, com a entrada do Batalhão de Choque no presídio.
Arnaldo Sobrinho disse que assim que perceberam a movimentação dos detentos, os agentes penitenciários realizaram a primeira operação de contenção com disparos de armas não letais. “A ação foi providencial para evitar um problema de maior proporção. Em seguida, a situação foi controlada com a chegada de unidades especiais da Polícia Militar”.
Por volta das 11h30 o tumulto foi controlado, e segundo o tenente-coronel, logo em seguida, as tropas da PM, junto aos agentes do Sistema Penitenciário iniciaram uma operação pente-fino.
fonte: G1 Paraíba
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