Foram soltas na última segunda-feira (22) quatro pessoas presas na semana passada, quando foi deflagrada a Operação Astringere, realizada pela Polícia Federal, pelo Tribunal de Justiça da Paraíba e pelo Ministério Público estadual. Trata-se dos dois servidores do 2º Juizado de Mangabeira, João Luiz de França Neto e Rogério Pereira de França, além de Gildson José da Silva e Jadilson Jorge da Silva, os quais trabalhariam como “secretários”, dando suporte a todos do grupo, que “fabricava” multas judiciais, para obter benefício próprio. A libertação ocorreu porque o pedido de prisão temporária, válido por cinco dias, não foi renovado por nenhuma das partes.
Outras seis pessoas, porém, continuam presas sem prazo definido: são o juiz José Edvaldo Albuquerque de Lima, quatro advogados e o delegado Edilson Carvalho de Araújo. O advogado do juiz, Augusto Sérgio Santiago de Brito Pereira, disse que ainda não conseguiu dar entrada no habeas corpus, mas garantiu que deverá fazer isso até amanhã. O pedido será direcionado ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). Enquanto isso, o juiz segue detido no Centro de Ensino da Polícia Militar, em Mangabeira, na Capital.
A Operação Astringere foi deflagrada na última quinta-feira. Além dos dois servidores e dos dois “secretários” (detidos temporariamente), foram presos preventivamente os advogados Cícero de Lima e Sousa, Eugênio Vieira Oliveira Almeida, Glauber Jorge Lessa Feitosa e Dino Gomes Ferreira, bem como o juiz Edvaldo e o delegado Edilson. Juntos, são acusados de fabricar multas judiciais, mediante uso da força e fraudes diversas, aprovadas pelo 2º Juizado de Mangabeira, cujo titular era o juiz Edvaldo. O pedido das prisões foi feito pelo Ministério Público do Estado e acatado pelo desembargador Joás de Brito Pereira Filho, que definiu o magistrado investigado como o “líder da quadrilha”.
fonte: Portal da Correio
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