quinta-feira, 26 de maio de 2011

Apenados se rebelam e queimam colchões dentro de presídio em Guarabira;presos são transferidos


Apenados do presídio regional de Guarabira João Bosco Carneiro se rebelaram na noite de quarta-feira (25). De acordo com as informações, colchões foram queimados e as polícias Civil e Militar foram acionadas para conte tumulto que aconteceu cerca de sete horas depois. Com o fim da rebelião cerca de cem presos foram transferidos para João Pessoa.
A rebelião começou por volta das 20h dessa quarta-feira, quando os rebelados atearam fogo em colchões e fizeram outros presos reféns. Em uma das celas, a polícia encontrou 12 facas e uma lista com os nomes de 30 presos que deveriam morrer.
Informações extra-oficiais dão conta que a causa da rebelião seria a falta de atendimento médico a um dos detentos, mas também há a tese de que seria devido à superlotação da unidade prisional.
Os apenados alegam que querem negociação com o diretor do Presídio João Bosco Carneiro, Emilson Souza.
Durante a madrugada, o coronel do 4º BPM, juntamente com representantes da Pastoral Carcerária, tentaram negociar com os 25 presos rebelados. Eles alegavam a superlotação da unidade prisional, que embora tenha a capacidade para suportar 56 presidiários, estava abrigando um contigente de 225.
Segundo o padre Adaldo, os presos começaram uma revolta sem saber ao certo o que reivindicavam, pois não conseguiam, durante as negociações, entrar em um consenso com os policiais. Porém, reconheceu que a superlotação da casa de detenção era problemática: “A situação é desumana”, expressou.
De acordo com o diretor do Presídio, o secretário da Administração Penitenciária, Harisson Targino, concordou em realizar uma reforma geral na unidade, além de assegurar que no presídio ficarão apenas presos provisórios, não recebendo mais os detentos já sentenciados.
Apesar de suportar 150 pessoas, a unidade prisional tem hoje 230 apenados. Deles, 28 foram transferidos ainda à noite para a Penitenciária de Segurança Média João Bosco Carneiro, também localizada em Guarabira. Pela manhã, mais 68 foram levados de ônibus para a unidade.
Aliado à revolta pela superlotação, os presos teriam um plano de invadir outra ala, do setor de celas isoladas, onde estão os detentos mais perigosos, para executar 30 homens de uma organização criminosa rival.
A Polícia Militar invadiu o presídio para evitar o confronto e o Corpo de Bombeiros controlou as chamas dos colchões. A energia elétrica teve que ser desligada para evitar um curto-circuito e novos incêndios. A estratégia também serviu para fragilizar a rebelião, uma vez que os detentos ficaram no escuro.
Na última terça-feira, o secretário estadual de Administração Penitenciária, Harisson Targino, visitou as duas unidades prisionais de Guarabira e admitiu que o presídio central sofria com o excesso de detentos. Ele teria se comprometido em adotar medidas alternativas. A população que mora no entorno defende a desativação.

fonte: Paraíba.com.br

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