sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Professor diz ter sido agredido por marido de aluna reprovada na UFPB

Professor Leonardo Rosa diz ter sido espancado na Paraíba (Foto: Walter Paparazzo/G1)

Um professor da Universidade Federal da Paraíba prestou queixa na delegacia da Polícia Federal de Cabedelo nesta quinta-feira (15) dizendo ter sido agredido pelo companheiro de uma aluna dentro de sala de aula. Leonardo Rosa Rhode é chefe de departamento do curso de Administração no campus de João Pessoa. Ele afirmou ter reprovado a monografia da estudante ao descobrir que trechos do trabalho haviam sido plagiados. O docente fazia parte da banca de avaliação do trabalho de curso com outros dois professores.

O professor informou ao G1 que o episódio aconteceu por volta das 20h30 da quarta-feira (14), quando ele aplicava provas para outra turma. Um homem teria entrado na sala correndo e agredido o professor. Estudantes seguraram o suposto agressor, que saiu do local sem ser detido. Leonardo diz ter sido pego de surpresa e não teve como se defender.
Nesta manhã, o professor procurou uma delegacia da Polícia Federal para relatar o ocorrido e solicitar um exame de corpo de delito. Segundo a assessoria de imprensa da PF, o delegado Gustavo Barros está responsável pelo caso. Após o depoimento, Leonardo deve assinar um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO).
O professor relatou ao G1 que "o sentimento que fica, é o da insegurança". "Eu não sei o passado deste cara, não sei se ele é réu primário ou não, se tem algum histórico de agressão. Então, eu fico inseguro porque não sei o que ele pode vir a fazer. Após o que aconteceu, eu não descarto a possibilidade de me mudar para outro lugar, principalmente se surgir alguma oportunidade perto do meu estado (Rio Grande do Sul)", confessou Leonardo.
O chefe de gabinete da UFPB, Luiz de Sousa Júnior, lamentou o ocorrido e informou que a Reitoria se solidariza com a vítima. Segundo ele, a instituição vai colocar sua Procuradoria Jurídica à disposição do docente para tomar as providências cabíveis.
"Apesar de se tratar de um fato isolado e impossível de se prever, consideramos lamentável e impensável numa instituição de pessoas que estão cursando o nível superior de ensino. Esperamos educação e civilidade dessas pessoas. Qualquer contestação do aluno em relação ao professor deveria ser feito por meio de trâmites formais e não por agressão, como aconteceu", explicou Luiz Júnior.
Segundo ele, a Resolução nº 46, instaurada no ano de 1995, prevê normas de revisão de trabalhos escolares caso algum aluno esteja insatisfeito com a avaliação feita pelo professor. "O estudante deve entrar com um processo na coordenação do curso para requerer a revisão do trabalho. A coordenação poderá encaminhar a uma banca com três outros professores que farão a reavaliação do trabalho", comentou o chefe de gabinete.
A reportagem do G1 não conseguiu falar diretamente com a aluna denunciada pelo professor. Ligamos para a empresa onde a jovem trabalha, mas os colegas informaram que ela não estava e também não quiseram repassar telefones de contato pessoal.


fonte; G1 Paraíba

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