quarta-feira, 1 de junho de 2011

Exclusivo: Justiça decreta ilegalidade da greve dos professores do Estado da Paraiba ; Sindicato reage

O Tribunal de Justiça da Paraíba acaba de decretar a ilegalidade da greve dos professores do Estado da Paraíba. Agora, o Sindicato tem 72 horas para encerrar a paralisação e mobilizar professores para o retorno às salas de aulas.
Caso descumpram, os professores têm que pagar uma multa diária no valor de R$ 20 mil. A categoria está parada há cerca de um mês.
A decisão foi tomada pelo Desembargador Romero Marcelo Fonseca de Oliveira. Ele entendeu que mais de 400 mil alunos estão sendo prejudicados pela greve e ponderou que para muitos alunos a merenda escolar é uma refeição substancial.

No período de greve, muitos estudantes não têm acesso à merenda. A decisão também leva em consideração o fato do tempo que os alunos estão sem aulas e o impacto na reposição dos conteúdos.


Reação da categoria
Em entrevista ao repórter Paulo Neto, da 98 FM, o Secretário geral da Associação dos Professores em Licenciatura Plena do Estado da Paraíba (APLP), Fernando Lira, disse que a decisão tomada pelo Tribunal de Justiça decretando a ilegalidade da greve cerceou o direito de defesa dos professores.
"A justiça não ouviu os professores em greve. Só ouviu o lado do Governo." disse ele.
Ele ainda falou que nesta quinta-feira (02), a decisão vai ser analisada por todos os professores em assembléia geral, às 15h, no auditório do Colégio Lyceu Paraibano.
Entenda a greve
A principal reinvindicação dos professores é o pagamento do piso nacional do magistério - de R$ 1.187,00. A secretaria estadual de Educação disse que já reajustou o salário, e que o menor valor pago na Educação será de R$ 1.150,00.
Os professores contestam e dizem que a proposta do governo se resumiu a incorporar gratificações ao salário.
Na tarde desta terça-feira (31), os professores decidiram que vão recorrer à Justiça para que o Estado reponha o dinheiro descontado dos seus contracheques.
Na segunda-feira, os servidores perceberam que tiveram os salários de maio cortados. Eles invadiram o Palácio da Redenção para negociar com o governador Ricardo Coutinho (PSB) a reposição salarial, mas Ricardo não os recebeu.
Após muito tumulto, os grevistas entregaram uma carta de reivindicações ao secretário chefe do governo, Walter Aguiar.

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