As hepatites são inflamações do fígado. Podem ser causadas por vírus, uso de alguns remédios, álcool e outras drogas, além de doenças autoimunes, metabólicas e genéticas. São doenças silenciosas que nem sempre apresentam sintomas, mas quando aparecem podem causar cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras. O dia 28 de julho marca a luta mundial contra a hepatite.
De acordo com dados da Secretaria Estadual de Saúde, de janeiro até 9 de julho, foram notificados 130 casos de hepatite A; 77 de hepatite B e 45 confirmados de Hepatite C. Nas três hepatites, é constatado que a doença atinge, na grande maioria, pessoas do sexo masculino. Quanto à faixa etária, a hepatite A acontece, com maior frequência, em crianças menores de 12 anos; a hepatite B em homens com idade entre 25 e 59 anos e a hepatite C em homens de 40 a 59 anos.
Segundo a gerente operacional das DST/AIDS/Hepatites Virais da Paraíba, Ivoneide Lucena, 190 dos 223 municípios (85,2% ) e 681 serviços contam com pelo menos um profissional de nível superior da área de saúde, treinado nas boas práticas da realização do teste rápido de Hepatite B e C.
Ela explicou que as hepatites virais (A, B,C,D e E) são um grave problema de saúde pública no Brasil e no mundo. Na Paraíba, circulam os vírus A, B e C. “Este dia serve também pra gente lembrar as ações que vêm sendo realizadas, cotidianamente, na luta contra as hepatites virais, em todo Estado”, disse.
Os medicamentos para o tratamento das Hepatites B e C são dispensados em farmácias do Centro Especializado de Dispensação de Medicamentos Excepcionais, presentes nos 12 municípios sede das Gerências Regionais de Saúde: João Pessoa, Campina Grande, Guarabira, Patos, Cajazeiras, Cuité, Monteiro, Piancó, Catolé do Rocha, Sousa, Princesa Isabel e Itabaiana.
Brasil
No Brasil, as hepatites virais mais comuns são as causadas pelos vírus A, B e C. Existem, ainda, os vírus D e E, sendo este último mais frequente na África e na Ásia. Milhões de pessoas no Brasil são portadoras dos vírus B ou C e não sabem. Elas correm o risco de que as doenças evoluam (tornando-se crônicas), causando danos mais graves ao fígado, como cirrose e câncer. Por isso, é importante ir ao médico regularmente e fazer os exames de rotina que detectam a hepatite.
Tão severo quanto o tipo C, a hepatite B faz cerca de 700 mil vítimas ao ano no mundo. A boa notícia é que, no Brasil, a doença pode ser prevenida gratuitamente.
A vacina contra a hepatite B está disponível na rede pública - para todas as pessoas até 49 anos de idade - e nas clínicas privadas - para todas as idades. Para estar protegido contra a doença, são necessárias três doses. Assim como o vírus da AIDS, o da hepatite B é sexualmente transmissível, porém seu contágio atinge altos índices, chegando a ser 100 vezes maior do que por HIV1.
A vacinação contra a hepatite B foi introduzida no Brasil há 15 anos, o que faz com que a maioria dos novos casos sejam notificados em pessoas nascidas antes de 1999. "Assim como em outras campanhas, a cobertura vacinal da hepatite B em bebês e crianças é muito grande. O maior problema está na conscientização de jovens e adultos, faixa etária que, em sua maioria, não está vacinada e é sexualmente ativa", comenta o Dr. Renato Kfouri, Presidente da SBIM - Sociedade Brasileira de Imunizações. "É importante que as pessoas sexualmente ativas entendam a gravidade e as consequências da doença", complementa.
Como prevenir a hepatite B
Como a infecção por hepatite B pode ser transmitida pelo contato com sangue, sêmen, fluidos vaginais e outros fluidos corporais de alguém que já tem infecção por hepatite B, a única forma efetiva de prevenção é a vacinação.
Com indicação para todas as pessoas até 49 anos no mercado público, a Sanofi Pasteur, a Divisão de Vacinas da Sanofi, contribui em parceria com o Instituto Butantan para o fornecimento desta vacina ao PNI, garantido assim a disponibilização para toda a rede pública em um esquema vacinal dividido em três doses: 0, 1 e 6 meses.
Independentemente da idade, alguns grupos específicos também podem se vacinar no SUS - Sistema Único de Saúde:
gestantes;
manicures e pedicures;
profissionais do sexo;
militares;
profissionais de saúde;
caminhoneiros;
usuários de drogas;
pessoas que fazem sexo com pessoas do mesmo sexo;
coletores de lixo;
tatuadores.
Além disso, pessoas de todas as faixas etárias também podem ser vacinadas nas clínicas privadas de todo o País.
Sintomas da hepatite B
Após a infecção, os sintomas podem demorar até seis meses para aparecer, sendo que os primeiros são:
fadiga;
falta de apetite;
dores nos músculos e nas articulações;
febre baixa;
pele amarelada e urina escurecida.
Mesmo num quadro crônico, com o fígado danificado, os pacientes podem não apresentar sintomas. Ao longo do tempo, essas pessoas podem ter sintomas de lesão hepática crônica e cirrose do fígado.
fonte: Portal da Correio
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