O paciente paraibano pode esperar quatro anos na lista de espera por um transplante de rim, segundo números divulgados pela Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO) em relação à doação de órgãos e transplantes realizados de janeiro a junho de 2013. Enquanto 239 pacientes estavam na fila em março deste ano, a Paraíba fez apenas 29 transplantes em todo o primeiro semestre. Um paciente ainda esperava por um transplante de rim e pâncreas.
A chefe de Ações Estratégicas da Central de Transplantes da Paraíba, Myriam Carneiro, explicou que, por mais que os hospitais tentem suprir a demanda, ninguém vai conseguir zerar uma fila de transplante de rim. “O nosso sonho é conseguir dar conta pelo menos de grande parte da demanda. Mas a gente só vai conseguir se a população doar”, comentou. Segundo ela, enquanto 29 recebem o órgão em seis meses, cerca de 100 pacientes ingressam na lista de espera no mesmo período.
Foram 15,4 transplantes de rim por milhão de pessoas na Paraíba nesses primeiros seis meses. A média nacional é de 28,4. Do total, foram 14 doadores vivos e 15 que fizeram o transplante do órgão já depois de morrer.
A lei só permite a doação de rim entre vivos se houver parentesco até o terceiro grau entre os envolvidos. “O Ministério da Saúde nem incentiva esse tipo de doação entre vivos”, explicou Myriam.
Ainda de acordo com o levantamento da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos, 117 estavam na lista de espera em março por um transplante de córnea. A Paraíba atualmente não tem lista de espera para transplantes de fígado, coração, pulmão e pâncreas.
De acordo com Myriam, o transplante de coração no estado foi reautorizado recentemente e ainda não foi formada uma fila. O de fígado e pâncreas, realizado pela mesma equipe, ainda está em processo de renovação do alvará da Vigilância Sanitária e o de pulmão nunca foi feito na Paraíba. Quem precisar de transplante de algum desses órgãos deve ser encaminhado para a fila de outro estado.
fonte: G1 Paraíba
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