No segundo dia da greve dos trabalhadores da Empresa Brasileira dos Correios e Telégrafos (ECT) os serviços com hora marcada oferecidos na Paraíba - Sedex 10, Sedex 12 e Sedex Hoje – já foram afetados. Em alguns municípios, o Sedex já teve seu funcionamento suspenso. A paralisação também retardará cerca de 350 mil entregas no Estado, que inclui ainda a remessa de cartas e telegramas.
Na Paraíba são 1.500 servidores. Deste total, 50% aderiram à greve, segundo informou Tony Sérgio Rodrigues, secretário de Divulgação e Imprensa da ECT na Paraíba.
Nesta quarta-feira, numa audiência de conciliação, a ministra Cristina Peduzzi, do Tribunal Superior do Trabalho (TST), propôs reajuste salarial de 5,2%, aumento linear de R$ 80, pagamento de bonificação no final de ano em parcela única de R$ 575 e a negociação conjunta das demais questões reivindicadas pelos trabalhadores. Os representantes dos servidores em greve rejeitaram a proposta da ministra.
A categoria reivindica um reajuste de 43% (33% de reposição e 10 % de aumento). O piso salarial atual dos trabalhadores é de R$ 942, comparado ao piso salarial da década de 90 onde eles recebiam cerca de 10 salários mínimos, hoje o que eles recebem é o equivalente há 1,2 salários.
Os Correios e Telegráfos negam a paralisação em massa e comunica que 91% dos trabalhadores continuaram trabalhando normalmente. Dos 120 mil trabalhadores da empresa, 10.438 aderiram à paralisação. A aferição de presença é feita por meio de sistema eletrônico de ponto. Da carga diária, 76% está sendo entregue no prazo, o que equivale a 27 milhões de cartas e encomendas — o restante pode ter atraso de até um dia.
Para garantir a entrega de cartas e encomendas à população, a empresa está adotando medidas como realocação de empregados das áreas administrativas, contratação de trabalhadores temporários, realização de horas extras e mutirões nos finais de semana.
O Tribunal Superior do Trabalho (TST) decidiu levar a julgamento o dissídio dos Correios, já que não houve acordo entre a empresa e o sindicato na audiência de conciliação realizada na última quarta-feira (19) em Brasília. A ministra Kátia Arruda será a relatora e definirá a data do julgamento que deve ocorrer na próxima semana. Na audiência, o TST concedeu liminar determinando que os sindicatos garantam efetivo mínimo de 40% por unidade, sob pena de multa diária de R$ 50 mil.
fonte: Portal da Correio
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